Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Câncer mostram que os homens deveriam estar mais atentos ao câncer de próstata, especialmente os da região sul. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de próstata ocupa a primeira posição no país em todas as regiões brasileiras. Em 2019, a média nacional de óbitos por câncer de próstata foi de 7,61 para cada 100 mil habitantes, enquanto que o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, juntos, tiveram uma média de 8,87 a cada 100 mil.

O médico urologista do Hospital Norte Paranaense - HONPAR, Matheus Cassitas, explicou que o controle da doença deve ser feito anualmente a partir dos 50 anos para quem nunca teve a doença na família e aos 45 anos para quem já teve familiares com a doença.

“O exame do toque e o PSA são os exames necessários para rastrear a doença. A realização dos dois é essencial para se ter mais efetividade no resultado final. O ideal é que ambos sejam feitos, quando isso acontece, a falha do diagnóstico é 8% menor. Quem teve a doença na família necessita fazer esse acompanhamento, pois tem maior chance de desenvolver a doença”, alerta.

O especialista destaca que quanto mais cedo a doença é descoberta, maiores são as chances de cura. “Com o diagnóstico precoce é possível ter 90% de chance de cura da doença. Por isso, o acompanhamento anual com o urologista é fundamental”, destaca.
O urologista comenta que o tratamento da doença é feito de diversas maneiras e varia conforme o grau da doença.

“Quando localizado apenas na próstata, o câncer de próstata pode ser tratado com cirurgia oncológica, radioterapia e até mesmo observação vigilante, em alguns casos especiais. No caso de metástase, quando o câncer da próstata se espalha para outros órgãos, a radioterapia é utilizada junto com tratamento hormonal, além de tratamentos paliativos. Hoje as sequelas do tratamento são praticamente inexistentes graças ao avanço tecnológico”, orienta.

É possível prevenir o câncer de próstata?
Já está comprovado que uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, e com menos gordura, principalmente as de origem animal, ajuda a diminuir o risco de câncer, como também de outras doenças crônicas não-transmissíveis. Nesse sentido, outros hábitos saudáveis também são recomendados, como fazer, no mínimo, 30 minutos diários de atividade física, manter o peso adequado à altura, diminuir o consumo de álcool e não fumar.