Quinta-feira - 21 de Novembro de 2024

ONCOLOGIA

20 de Outubro de 2016

Oncologia - O Câncer - Especialidades - HONPAR - Hospital Norte do Paraná

É responsável por 4 milhões de mortes por ano em todo mundo. Sua causa, entretanto, permanece desconhecida.

Os dados epidemiológicos coletados nos últimos 50 anos nos mostram a estreita relação entre estilo de vida, fatores ambientais e o surgimento do câncer.

Recentes avanços em biologia molecular aumentaram o nosso entendimento do processo da carcinogênese e sua interrelação com fatores ambientais e genéticos. A prevenção é a principal arma que dispomos para interferir neste complexo fenômeno da carcinogênese e impedirmos o aparecimento do tumor.

Sendo eficaz, certamente levará a diminuição da incidência de câncer e sua conseqüente mortalidade.

IDENTIFICAÇÃO DOS FATORES DE RISCO

A identificação e o controle de fatores responsáveis pela iniciação e/ou promoção do processo da carcinogênese é muito importante, já que o longo período de tempo entre a iniciação e a invasão oferece uma grande oportunidade para a prevenção.

Na Prevenção Primária, pode-se interferir basicamente de 3 maneiras:

1. Eliminação de agentes causais

Controle do Tabagismo: o fumo é responsável por 30% de todas as mortes por câncer. Estima-se que 1,5 milhões de mortes/ano estão relacionadas ao hábito de fumar. O controle do tabagismo representa a maior forma de prevenção primária do câncer.

Controle Nutricional: alterações do hábito alimentar também poderão influenciar positivamente na prevenção do câncer. A redução dos altos teores de gordura e o aumento na ingestão de fibras nas dietas, assim como controle de peso são fatores importantes. Algumas regras básicas:

  • evite obesidade
  • reduza a ingestão de gorduras
  • coma frutas, verduras e cereais diariamente
  • limite o consumo de álcool
  • limite o consumo de conservas

2. Cirurgias profiláticas

A cirurgia profilática é considerada quando o risco é extremo e a detecção precoce da doença não é possível ou não afeta o seu curso. Por exemplo, indivíduos com história de polipose familiar são rotineiramente aconselhados à colectomia total profilática quando adulto jovem porque existe risco crescente de aparecimento de câncer de cólon e reto. A retirada de pólipos intestinais em indivíduos sem risco maior previnem o aparecimento de câncer de cólon; nevos displásicos são removidos para evitar sua progressão a melanoma. Assim, toda lesão pré-maligna ou in situ é removida cirurgicamente.

Indicações de ooforectomia e mastectomia profiláticas permanecem controvertidas como forma absoluta de evitar o aparecimento do câncer. A introdução de marcadores genéticos em muito ajudará esta decisão.

3. Uso de compostos farmacológicos (quimioprevenção)

Os agentes quimiopreventivos alteram a história natural das lesões pré-cancerígenas interferindo em alterações bioquímicas que ocorrem em fases muito precoces do desenvolvimento dessas lesões.

Tanto a iniciação como a promoção tumoral são pontos estratégicos para a quimioprevenção. Os retinóides são os agentes mais estudados neste campo.

Outros estudos importantes estão em curso para determinar o seu real valor na quimioprevenção: tamoxifeno em mulheres com alto risco para câncer de mama, finasteride em homens com alto risco para câncer de próstata e ácido acetil salicílico na prevenção de câncer de colo uterino.

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