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Domingo - 05 de Maio de 2024

Solução derradeira, cirurgia bariátrica é oferecida no SUS

10 de Agosto de 2022

Situações-limite impõem a necessidade de medidas excepcionais. É assim que os pacientes
elegíveis para a cirurgia bariátrica são vistos pela medicina. O procedimento é transformador,
mas é indicado para quem já busca uma solução para a obesidade sem sucesso há algum
período. A importância do controle do peso é fundamental porque normalmente os quilos a
mais são o início de outras enfermidades como problemas cardíacos e metabólicos, entre eles
a diabetes. A atenção nesse sentido é fundamental e a avaliação de uma equipe
multidisciplinar é fundamental. O próprio Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a cirurgia e
todo o acompanhamento depois, incluindo, quando necessário, um procedimento plástico
reparador.

O cirurgião bariátrico Rafael Cassorotti, do Hospital Norte Paranaense (Honpar), explica, com a
experiência de quem faz em média 500 operações por ano, que a possibilidade de uma pessoa
estar nos pré-requisitos para o procedimento depende de alguns fatores. “O perfil psicológico
é importantíssimo porque o paciente passa por uma transformação muito grande, que
depende de muita dedicação e acompanhamento com vários profissionais”, detalha o
especialista. A entrada de um candidato à bariátrica é feita pelas unidades básicas de saúde,
que fazem o encaminhamento para um hospital de alta complexidade como o Honpar.

Os pacientes de Cassorotti são normalmente submetidos à cirurgia conhecida como Bypass
gástrico. Na prática, a pessoa é submetida a uma redução do tamanho do estômago e uma
alteração do intestino. A nova anatomia leva o paciente a comer menos, além de diminuir a
quantidade de calorias absorvidas pelo intestino, o que pode levar a uma perda de até 70% do
peso inicial. “Nossos pacientes apresentam uma recuperação excelente, seguidos do
acompanhamento com nutricionista, endocrinologista e psicólogos. Inclusive, numa pesquisa
que fizemos no Honpar, chegamos ao resultado de que 80% das pessoas deixam de utilizar
remédios para pressão”, ressalta.

Toda a mudança antes e depois da bariátrica envolve um processo de alimentação correta,
exercícios físicos, com amplo foco na saúde. Os casos mais leves em que são aceitos pela
Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica são de obesidade do tipo 1, quando as
pessoas já têm quadro de diabetes e o índice de massa corporal (IMC) superior a 30. Elas
devem ter tentado diversas formas de emagrecimento por pelo menos dois anos, sem sucesso.
Quanto maior a gravidade do caso, menores são as exigências. “Dados científicos mostram que
9% das crianças podem desenvolver obesidade. Se um dos pais for obeso, o risco sobe para
40%. Se os dois forem, passa a ser a 80%. O fator comportamental é fundamental em todos os
casos”, detalha o médico.

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