HONPAR - Hospital Norte do Paraná

Domingo - 12 de Maio de 2024

Cirurgia bariátrica é oferecida pelo SUS no HONPAR

28 de Janeiro de 2022


Situações-limite impõem a necessidade de medidas excepcionais. É assim que os pacientes elegíveis para a cirurgia bariátrica são vistos pela medicina. O procedimento é transformador, mas é indicado para quem já busca uma solução para a obesidade sem sucesso há algum período. A importância do controle do peso é fundamental porque normalmente os quilos a mais são o início de outras enfermidades como problemas cardíacos e metabólicos, entre eles a diabetes. A atenção nesse sentido é fundamental e a avaliação de uma equipe multidisciplinar é fundamental. O próprio Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a cirurgia e todo o acompanhamento.

O cirurgião bariátrico Rafael Cassorotti, do Hospital Norte Paranaense (HONPAR), explica, com a experiência de quem faz em média 500 operações por ano, que a possibilidade de uma pessoa estar nos pré-requisitos para o procedimento depende de alguns fatores. “O perfil psicológico é importantíssimo porque o paciente passa por uma transformação muito grande, que depende de muita dedicação e acompanhamento com vários profissionais”, detalha o especialista. A entrada de um candidato à bariátrica é feita pelas unidades básicas de saúde, que fazem o encaminhamento para um hospital de alta complexidade como o HONPAR.

Os pacientes de Cassorotti são normalmente submetidos à cirurgia conhecida como Bypass gástrico. Na prática, a pessoa é submetida a uma redução do tamanho do estômago e uma alteração do intestino. A nova anatomia leva o paciente a comer menos, além de diminuir a quantidade de calorias absorvidas pelo intestino, o que pode levar a uma perda de até 70% do peso inicial. “Nossos pacientes apresentam uma recuperação excelente, seguidos do acompanhamento com nutricionista, endocrinologista e psicólogos. Inclusive, numa pesquisa que fizemos no HONPAR, chegamos ao resultado de que 80% das pessoas deixam de utilizar remédios para pressão”, ressalta.

Toda a mudança antes e depois da bariátrica envolve um processo de alimentação correta, exercícios físicos, com amplo foco na saúde. Os casos mais leves em que são aceitos pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica são de obesidade do tipo 1, quando as pessoas já têm quadro de diabetes e o índice de massa corporal (IMC) superior a 30. Elas devem ter tentado diversas formas de emagrecimento por pelo menos dois anos, sem sucesso. Quanto maior a gravidade do caso, menores são as exigências. “Dados científicos mostram que 9% das crianças podem desenvolver obesidade. Se um dos pais for obeso, o risco sobe para 40%. Se os dois forem, passa a ser a 80%. O fator comportamental é fundamental em todos os casos”, detalha o médico.

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